Postagens

Mostrando postagens de março, 2011

O ROMANCE BRASILEIRO E A REALIDADE NACIONAL

Com a independência, em 1822, os artistas e intelectuais brasileiros empenharam-se em definir uma identidade cultural do país. Afinal, o que era ser brasileiro naquele momento? Qual a nossa língua, nossa raça, nosso passado histórico, nossos costumes e tradições? O romance, muito mais que a poesia, procurou dar respostas a essas perguntas, assumindo o papel de principal instrumento de construção da cultura brasileira. Assim, está radicalmente ligado ao reconhecimento dos espaços nacionais, identificados como a selva, o campo e a cidade que deram origem, respectivamente, ao romance indianista e histórico, ao romance regional e ao urbano. José de Alencar, por exemplo, considerado por muitos o maior romancista do nosso romantismo, escreveu obras que enfocaram esses três espaços, como o guarani , romance histórico-indianista, o gaúcho, romance regional e senhora, romance urbano.

Progresso e destruição: os caminhos da história

DUAS CARACTERÍSTICAS DA HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO Fazendo uma análise da história geral da civilização, pretensão de inúmeros trabalhos como os de Eduardo Garcia e o " estudo crítico da história" de Hélio Jaguaribe, percebemos duas características marcantes na história da humanidade. A primeira é louvável e diz respeito ao caráter criativo e a capacidade do homem de sempre estar progredindo e encontrando novas maneiras de melhorar sua qualidade de vida. Desde o Paleolítico os homens deram inúmeras provas de sua criatividade. Podemos citar os tantos avanços técnico-científicos desde a Revolução Neolítica até o estágio científico atual. A segunda característica pode ser dada na seguinte pergunta: como uma sociedade tão capacitada e criativa pode ser ao mesmo tempo tão destrutiva? As guerras são constantes em toda a História. A impressão é a de que nunca estivemos em paz. Como nós estaríamos hoje, se os homens fossem mais compreensivos, menos gananciosos